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domingo, 4 de março de 2012

Mitologia

Cap.1: Mitologia Nórdica II

A bárbara caçada de Odin, P.N. Arbo, c. 1872, óleo sobre a tela

     A fonte do lado de Jotunheim era o poço Odin de Ymir, no qual se escondiam a sabedoria e inteligência, mas a do lado de Niffleheim alimentava Nidhogge (escuridão), que corroía a raiz perpetuamente. Quatro veados corriam sobre os ramos da árvore e mordiam os brotos; representam os quatro ventos. Sob a árvore, ficava estendido o Ymir e, quando ele tentava livrar-se de seu peso, a terra tremia.
     Asgard é o nome da morada dos deuses, para onde se tem acesso somente atravessando a ponte Bifrost (arco-íris). Asgard consiste de palácios de ouro e prata, morada dos deuses, mas o mais belo deles é o Valhala, morada de Odin, que, quando sentado em seu trono, avista todo o céu e toda a Terra. Em seus ombros pousam os corvos Hugin e Munin, que voam durante todo o dia sobre o mundo e, quando voltam, contam ao deus tudo que viram e ouviram. A seus pés estão deitados dois lobos, Geri e Freki, aos quais Odin dá toda a carne que é colocada diante dele, uma vez que ele próprio não tem necessidade de se alimentar, a não ser com o hidromel, que lhe serve tanto de comida como de bebida. Odin inventou os caracteres rúnicos, com os quais as Norns gravam os destinos, numa chapa metálica. Do nome de Odin, às vezes pronunciado Woden, vêm Wednesday, nome do quarto dia da semana.
     Odin é freqüentemente chamado de Alfadur (todo pai), mas esse nome é, às vezes, usado de maneira que mostra que os escandinavos tinham a idéia de uma divindade superior a Odin, incriada e eterna.


BULFINCH, Thomas. O LIVRO DE OURO DA MITOLOGIA. 26º Ed. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A., 2002. p. 382-383



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